O fim de um amor

13/05/2011 15:04
   

Como pastor e conselheiro há muito tempo uma das situações com as quais mais frequentemente me deparo é com pessoas que estão passando pelo fim de relacionamentos. Pode ser pela morte, por desgaste ou por mudança (pessoal ou geográfica) pode ser o fim de uma amizade, uma relação famliar mas o mais frquente é o fim do relacionamento amoroso.

 

Como isso marca as pessoas!

 

Não podemos considerar essa espúria prática do "ficar", pois isso nem pode ser relacionado à idéia de um relacionamento e muito menos com amor. Falo de um namoro, um noivado ou um casamento.

 

É triste ver que pessoas que um dia planejaram viverem sua vida juntos caminharem agora separados. Não me foco, neste momento em achar culpados. Na verdade na imensa maioria dos casos o que temos são duas vítimas. Um homem e uma mulher que tem seus sonhos dissipados.

 

Como recomeçar? Afinal se o amor era real e não apenas paixão ou atração o que amou (espera-se que sejam ambos) entregou a si mesmo dentro do que entendeu ser o seu melhor e mais íntimo.

 

Mas, se entregou tem como recuperar?

 

Não. O que foi entregue não será "recuperado". Deverá ser reconstruído, isso não será rápido e indolor. A reconstrução de um sentimento entregue e de uma perspectiva de vida levará um tempo e a pior coisa é tentar reconstruir usando um novo relacionamento, pois este novo relacionamento não será de fato amor mas um paliativo e apenas causará mais dano. O relacionamento amoroso que se findou pode "doer" e nos levar a tristeza no princípio, mas posto que de fato foi amor nos fortalecerá com o tempo. As lembranças do que se viveu e do que se sentiu e planejou apenas nos fará bem, pois se demos o melhor de nós isso só pode nos edificar. Se amamos de fato esse amor nos consolará e pouco a pouco aquilo que demos renascerá dentro de nós e estaremos restaurados.

 

Deixaremos de amar a pessoa com quem rompemos? Não creio, o amor é algo maior que um sentimento, pois sentimentos são voláteis e enganosos. Se de fato amamos e deixamos que esse amor (que só pode vir do SENHOR) nos guie, amaremos mesmo que longe, lógico que não amaremos mais como outrora quando queríamos ter uma vida juntos, mas ainda assim amaremos. É dessa forma que aquilo que entregamos será reconstruído.

 

Amaremos uma outra pessoa de modo igual? Nunca! Cada relacionamento é diferente pois envolve duas pessoas únicas e mesmo cada um de nós sofre mudanças com o passar dos anos. Poderemos vir a amar outra pessoa, ou talvez entender que apenas amar a que se foi sem querer um novo relaciomente nos é suficiente. Ambas situações podem ser salutares e depende de cada um de nós e não deve ser buscado mas apenas vivenciado com o desenvolvimento da maturidade.

 

Às vezes amar mesmo sem ser amado pode ser bom e amar sem estar com a pessoa amada também pode ser bom. Não é ótimo, não é o melhor, mas quando não há outra opção ...

 

Este não é um texto pastoral e muito menos teológico ... apenas foi sendo escrito e vivenciado

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